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Vila Bom Jesus já sente os efeitos negativos da paralisação do Projeto Sossego

Licenças seguem suspensas e população discute o futuro incerto

A Vila Bom Jesus, que abriga a maior comunidade nas proximidades do Projeto Sossego em Canaã dos Carajás, está prestes a enfrentar uma possível crise com a paralisação das operações da mina que segue sem produção. A Vila que hoje depende economicamente da atividade mineradora, já sente os efeitos negativos da suspensão da licença de operação da mina, imposta pelo governo estadual.

Bom Jesus, ou ‘Vila 13’ como é popularmente conhecida, é uma vila cuja economia é fortemente influenciada pelo Projeto Sossego. Muitos dos residentes são empregados diretamente pela Vale ou por empresas terceirizadas que prestam serviços à mina. A paralisação já resultou no afastamento de alguns trabalhadores terceirizados e férias coletivas para empregados da Vale que temem algo pior futuramente.

Além disso, a economia local se beneficia do aluguel de imóveis para funcionários das empresas envolvidas na operação. Com a suspensão das atividades, muitas dessas casas estão sendo desocupadas, resultando em uma queda significativa na renda dos proprietários de imóveis e uma diminuição geral da atividade econômica na vila com o esvaziamento de pessoas/operários.

Além de alugueis, o impacto atinge também fornecedores de alimentos contratados, lanches e bebidas. O maior impacto está sobre as terceirizadas, que precisam tomar decisões urgentes e acabam desmobilizando estruturas.

Moradores ouvidos pelo Portal Canaã relatam incertezas para o futuro e prejuízos em diversos setores que dependiam diretamente da operação. Os mais conservadores chegam relatar sentimento de ‘paz’ com a paralização.

O sentimento de insegurança e incerteza sobre o futuro é palpável na vila. Muitos trabalhadores e suas famílias estão preocupados com a falta de alternativas de emprego e com o impacto prolongado que a suspensão da mina pode ter na comunidade.

O que de fato está acontecendo?

Atualmente, o Projeto Sossego, operado pela Vale, enfrenta desafios significativos. Em abril deste ano, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente – SEMAS suspendeu a licença de operação da mina de cobre Sossego. A suspensão permanecerá até que as condições estabelecidas no licenciamento e outras medidas de controle sejam verificadas.

De acordo com a Semas, “a suspensão do licenciamento ambiental ocorre por conta do descumprimento de condicionantes ambientais, conforme previsto em lei”. A Mineradora afirma que as condicionantes estão sendo cumpridas, e o imbróglio segue.

Existe também motivações políticas de ordem federal e estadual com tentativas de ingerência no corpo administrativo da empresa, o que tem sido negado e sofrido retaliações.

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