As queixas da população referentes aos atendimentos prestados nas unidades de saúde do município e, principalmente, no Hospital Geral de Parauapebas (HGP) foram pauta da reunião realizada na manhã desta quinta-feira (18), na Câmara Municipal.
O presidente da Casa de Leis, Rafael Ribeiro, e os vereadores Zé do Bode, Francisco Eloecio, Josivaldo da Farmácia, Eliene Soares, Anderson Moratorio, Leandro do Chiquito, Josemir Silva, Joel do Sindicato, Léo Márcio, Luiz Castilho, Elias da Construforte, Israel Miquinha e Zacarias Marques se reuniram com representantes da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e da Associação de Saúde, Esporte, Lazer e Cultura (Aselc), Organização Social de Saúde (OSS) que administra o HGP.
O secretário municipal de Saúde, Alan Palha, e o diretor da Aselc, Yuri Braga, foram convidados a ir à CMP para prestar esclarecimentos sobre as mortes recentes de crianças no HGP, as quais familiares acusam a unidade de saúde de negligência nos atendimentos. Braga afirmou que os casos estão sendo investigados.
Na ocasião foram apresentadas estatísticas sobre óbitos infantis nos últimos quatro anos em Parauapebas: em 2021 foram registrados 73 mortes; em 2022 ocorreram 58; em 2023 foram 37 e 10 mortes neste ano de 2024.
A equipe técnica da Semsa informou que a questão dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo para recém-nascidos, UTI Neonatal, é um problema enfrentado pela Saúde pública em todo o estado, pois existem apenas seis leitos no Pará. Entretanto, nos próximos 90 dias deve ser implantada uma UTI Neonatal no HGP.
Os vereadores também cobraram informações sobre a superlotação e a infraestrutura do HGP. O secretário Alan Palha relatou que o HGP tem funcionado como um hospital regional, pois além de Parauapebas, recebe pacientes vindos de outros municípios, o que acaba resultando em uma alta demanda por atendimentos médico-hospitalares.
Respostas
A Semsa verificará a viabilidade jurídica para implantar uma comissão da Semsa, que atue dentro do HGP, fiscalizando os atendimentos, bem como a gestão dos recursos financeiros repassados pela prefeitura para a OSS.
O presidente da Câmara enfatizou que a Casa e os vereadores estão comprometidos na busca por soluções para os problemas enfrentados pela população no âmbito da saúde em Parauapebas.
“Além de buscar identificar a raiz do problema, vamos buscar a solução dele, para que não aconteça novamente. Vamos seguir vigilantes, atentos e acima de tudo marcando o posicionamento da Câmara Municipal de Parauapebas dentro daquilo que é a nossa atribuição parlamentar”, concluiu.
Texto – Nayara Cristina / Fotos: Elienai Araújo / Revisão: Laércio de Castro / AscomLeg 2024