Operação Cavalo de Troia foi realizada nas 11 unidades do prisionais do Complexo, que durante o treinamento, foram dominadas pelas forças da Seap em seis minutos
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou nesta quinta-feira, 22, a Operação Cavalo de Troia, para simular a tomada de controle das 11 Unidades Prisionais do Complexo Penitenciário de Santa Izabel, em caso de motins ou rebeliões. A ação preventiva demonstrou a força e o controle do Estado dentro do Sistema Penitenciário paraense, que conseguiu realizar o controle total das unidades em apenas seis minutos. Mais de 120 policiais estiveram envolvidos no treinamento.
Na avaliação do titular da Seap, Marco Antonio Sirotheau Corrêa Rodrigues, a ação demonstra a efetividade dos protocolos de segurança implementados ao longo da gestão. “Nosso principal foco da ação de hoje, é demonstrar que o Estado mantém as unidades funcionando sob o procedimento, dentro de protocolos de segurança robustos, onde a gente mantém esse controle efetivo de toda a população carcerária, demonstrando que a figura do Estado se faz presente nas unidades prisionais. Por isso, iremos determinar todos os regimentos que nós temos dentro da nossa instituição, para que todos sigam os protocolos determinados por essa gestão”, afirmou o secretário.
O secretário adjunto de Gestão Operacional (Sago) da Seap, Ringo Alex Frias, esteve à frente da coordenação da operação, ele destacou o trabalho dos policiais penais e das tropas especializadas nesse processo, e que também está diariamente atuando nas casas penais.
“Com a ‘Operação Cavalo de Troia’ nós vamos determinar que as tropas façam a tomada efetiva das unidades prisionais para gente poder cronometrar a entrada das nossas tropas especializadas e do nosso serviço ordinário, e também das unidades prisionais, no sentido de conseguirmos controlar e colocar as 11 unidades do complexo penitenciário em procedimento (Controlo total). Isso traz como consequência primeiramente a questão do controle para demonstrar que o ambiente carcerário é um território exclusivo do Estado, e que dominamos esse espaço e vamos estar aplicando a doutrina prisional dentro do ambiente carcerário, evitando qualquer tipo de insurreição contra a ordem e contra a disciplina”, finaliza Ringo Alex.
Forças Especiais – Toda a operação contou com o apoio dos policiais penais das unidades e dos efetivos do Comando de Operações Penitenciárias (Cope), Grupo de Ações Penitenciárias (GAP) e do Grupamento de Busca e Recaptura (GBR).
Conforme o capitão da PM, Rubens Maués, comandante do Cope, o treinamento de hoje é fundamental para uma rápida resposta caso aconteça um motim. “A Operação Cavalo de Troia faz parte de um treinamento para que a gente possa verificar com o nosso efetivo de serviço o que podemos fazer em uma situação de grande motim em várias unidades ao mesmo tempo. Vamos testar como está a nossa tropa e fazer o mais ágil e rápido possível”, diz Maués.
Já o comandante do GAP, Júlio César Néris, reforça que o apoio integrado entre todos os policiais penais e as demais forças é essencial para a retomada da normalidade. “Durante a Operação, o GAP ficou na guarda do complexo por conta da extensão e da quantidade de internos que tem porque é a maior do estado em quantidade de unidades prisionais. Além disso, tivemos o reforço do COPE e dos demais policiais das outras unidades, então a gente consegue priorizar as casas penais e ser mais efetivo e eficiente, para que, caso aconteça algum distúrbio, ou quebra dos procedimentos de forma simultânea dentro do complexo, a gente consiga atingir a maior quantidade possível de unidades prisionais para reestabelecer a normalidade quanto antes”, reforça Néris.
O Grupamento de Busca e Recaptura (GBR) não é considerado uma tropa de intervenção porque atua principalmente na busca e recaptura, com a fiscalização de monitorados, mas é uma força da Seap e também atua em ações conjuntas da Secretaria.
“Nós viemos compor mais essa operação para nos planejarmos e aferir de alguma forma as nossas forças visando coibir, se precaver e ter uma ação preventiva aqui no Complexo de Americano. A ideia é que consigamos dar a resposta que esperamos, e que treinamos para isso”, finaliza Richard Leão, comandante do GBR.
Texto: Márcio Sousa e Yasmin Cavalcante / NCS Seap Pará