Um vídeo divulgado pelo perfil “Picunhão”, em Parauapebas, registra cena inusitada: a professora de uma escola da rede municipal de ensino se recusa a entregar as chaves da unidade educacional a sua sucessora e exige explicações do prefeito Aurélio Goiano.
Segundo consta, o busílis ocorreu na Escola Crescendo na Prática, que funciona na Vila Palmares II, área rural de Parauapebas. A professora Lindinalva Nascimento, segundo suas próprias palavras, apoiou Aurélio Goiano, para prefeito e Assis das Três das Voltas para vereador, ambos do Avante.
Ao que parece, havia um acordo firmado entre Aurélio, Assis e Lindinalva. A professora esperava ser nomeada para dirigir a escola da comunidade, caso seus candidatos vencessem as eleições. Aurélio venceu com folgas as eleições, mas para desespero da docente, decidiu nomear outra professora para gerir a unidade de ensino.
Ao recepcionar a nova diretora, Lindinalva, vestindo uma camisa laranja (cor identificada com a campanha de Aurélio Goiano), não apenas se negou a entregar as chaves sdo imóvel, como fez críticas severas à composição da equipe do prefeito Aurélio Goiano.
“Tem pessoas que saíram algemadas pela polícia federal e estão no governo do Aurélio”, disse a docente, muito exaltada.
Este é mais um episódio controverso envolvendo a nova gestão de Parauapebas, que vem colecionando eventos deste tipo.
Um rápido retrospecto mostra que, nos primeiros 20 dias de governo, Aurélio atrasou o calendário escolar – o início das aulas está marcado para 24 de fevereiro; nomeou servidores em um domingo para, literalmente, exonerá-los na segunda-feira; mandou um projeto de lei criando quase 600 cargos, ao custo de mais de R$ 70 milhões por ano, e que ainda precisou ser remendado; determinou que os servidores municipais voltasem a trabalhar em dois períodos, o que aumenta custos de gestão, entre outras medidas discutíveis.