Evento em Nova York (EUA), em formato online e presencial, aborda a contribuição da ciência para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
O pesquisador Jonathan Ready, líder do Grupo de Investigação Biológica Integrada (GIBI) no Centro de Estudos Avançados da Biodiversidade (CEABIO), da Universidade Federal do Pará (UFPA), localizado no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, irá palestrar na nona edição do Science Summit at United Nations General Assembly – SSUNGA78 (Cúpula de Ciência da Assembleia Geral das Nações Unidas, em tradução livre) nesta quinta-feira (28), às 10h, de forma online. Para assistir, inscrições podem ser feitas por meio do link.
O evento está sendo realizado em Nova York (EUA) entre os dias 12 a 29 de setembro, no formato híbrido (online e presencial), e tem como tema central o papel e a contribuição da ciência para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e da Agenda 2030.
O objetivo é examinar as condições políticas, regulatórias e financeiras necessárias para que os mecanismos científicos possam operar de forma eficaz ao nível global, e contará com painéis e sessões para direcionar gestores sobre novas tecnologias e tendências do mundo científico para fazer elos entre o mundo acadêmico e o mundo político.
“Estou organizando a sessão e norteando temas com os outros palestrantes para levar conceitos importantes para a audiência, que deve incluir pessoas do ambiente político e de financiamento de pesquisa. Minha expectativa é conseguir levar essas sugestões para melhorar o desenvolvimento sustentável da região, em respeito à importância da gestão de recursos de biodiversidade e seu valor em vários dos objetivos ODS”, conta o pesquisador Jonathan Ready.
Inovação em monitoramento ambiental – A tecnologia de DNA ambiental é utilizada pelo GIBI, do CEABIO, para levantar e monitorar a biodiversidade em áreas impactadas ou em fases de recuperação de áreas degradadas, e também levantar a biodiversidade em ambientes naturais.
O Centro possui projetos que incluem amostras de ambientes marinhos, de água doce e de terra, com projetos ativos no Brasil e em instituições parceiras na Colômbia, Equador, Peru, Moçambique, Madagascar e Noruega. Para o pesquisador, a participação no evento é uma oportunidade para divulgar inovações científicas para agências financiadoras e gestores.
“Minha sessão no SSUNGA 78 está focada na pesquisa de biodiversidade na América Latina, onde falarei sobre tendências de tecnologias de DNA ambiental, que é o foco da pesquisa que faço no CEABIO, um exemplo de inovação de monitoramento ambiental que está com grande aderência recente devido maior eficiência e confiabilidade de equivalência entre estudos”, finaliza.
Referência em biodiversidade na Amazônia – O CEABIO é um dos laboratórios da UFPA instalados no PCT Guamá. Como parte do Projeto Biodiversidade, coordenado pelo Instituto de Ciências Biológicas da UFPA, o Centro atua com o desenvolvimento de pesquisas e serviços mercadológicos.
As pesquisas estão relacionadas ao conhecimento e preservação da biodiversidade amazônica, com base no uso sustentável de recursos naturais. Além disso, também realiza pesquisas sobre produtos de alto valor agregado.
Os serviços prestados estão concentrados principalmente nas áreas da saúde, cosméticos, dermocosméticos e fitoterápicos, como pesquisa em ecologia de florestas tropicais, bioprospecção, mutagênese ambiental, pesquisa com células-tronco, entre outros.
O PCT Guamá – O PCT Guamá é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Técnica e Tecnológica (Sectet), que conta com a parceria da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e gestão da Fundação Guamá.
É o primeiro parque tecnológico a entrar em operação na região Norte do Brasil e tem como principal objetivo estimular a pesquisa aplicada e o empreendedorismo inovador e sustentável.
Situado em uma área de 72 hectares entre os campi das duas universidades, o PCT Guamá conta com mais de 40 empresas residentes (instaladas fisicamente no parque), mais de 60 associados (vinculadas ao parque, mas não fisicamente instaladas), 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos, com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e a Escola de Ensino Técnico do Estado do Pará (Eetepa) Dr. Celso Malcher, além de atuar como referência para o Centro de Inovação Aces Tapajós (Ciat), em Santarém, oeste do estado.
Membro da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), da Associação Internacional de Parques de Ciência e Áreas de Inovação (IASP), o PCT Guamá faz parte do maior ecossistema de inovação do mundo.
