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Ministério Público cobra devolução de R$ 17 milhões e processa ex-prefeito Darci Lermen

Ação do Ministério Público cobra devolução de mais de R$ 17 milhões por possível sobrepreço e desvio de finalidade em compra realizada com recursos da CFEM

Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Parauapebas, ajuizou uma Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa contra a gestão municipal. O objetivo é assegurar o ressarcimento de mais de R$ 17 milhões aos cofres públicos, em razão de indícios de superfaturamento na desapropriação de um imóvel rural.

A ação, protocolada sob o número 0809816-12.2025.8.14.0040, é assinada pelo promotor de Justiça Alan Pierre Chaves Rocha, com base em investigações conduzidas no Inquérito Civil nº 06.2024.00000466-4. De acordo com o apurado, a Prefeitura de Parauapebas teria adquirido o imóvel por R$ 12,7 milhões, embora a avaliação de mercado da propriedade girasse em torno de R$ 2,2 milhões — uma diferença que configura um possível sobrepreço de mais de R$ 10 milhões.

O laudo técnico que embasa a ação foi produzido pelo Grupo de Apoio Técnico Interdisciplinar (GATI), que apontou falhas técnicas na avaliação do imóvel e confirmou a prática de superfaturamento.

Outro ponto levantado pelo MPPA foi a mudança de finalidade do imóvel. Inicialmente, a área seria utilizada para implantação de um aterro sanitário, mas posteriormente foi destinada à regularização fundiária urbana, contrariando o objetivo original declarado pela gestão municipal.

O caso ganha ainda mais gravidade por envolver recursos oriundos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) — verba de natureza compensatória que deve ser aplicada em benefício direto da população, sobretudo em áreas afetadas pela mineração.

Na Ação Civil Pública, o Ministério Público requer o ressarcimento integral do valor supostamente desviado, além da aplicação de sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa, como multa civil, suspensão dos direitos políticos dos envolvidos, perda de função pública e proibição de contratar com o poder público.

Portal Pebinha de Açúcar segue acompanhando o andamento do processo e quaisquer manifestações das partes envolvidas.

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