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Justiça realiza audiência sobre “Tapete Verde”, considerado o conflito agrário mais antigo do Pará

Desde 1999, ainda no século passado, as famílias de trabalhadores rurais da área conhecida como “Tapete Verde”, no município de Parauapebas, sudeste paraense, buscam uma solução para a situação em que se encontram: moram, trabalham e produzem nos seus lotes rurais, mas vivem sob a ameaça de despejo, de a qualquer momento perderem a posse da área e seus meios de sobrevivência.

Ontem (14) em Parauapebas, foi realizada a primeira audiência judicial, em segundo processo, iniciado em 2019, envolvendo as famílias que moram na área rural “Tapete Verde” e os herdeiros do fazendeiro que reclamava a titularidade da área. Em 2015, o conflito agrário, em processo judicial semelhante, o pedido do fazendeiro (herdeiros) foi negado.

Vale ressaltar que o município de Parauapebas demonstrou interesse em intermediar a solução do conflito agrário, são 25 anos que as famílias esperam uma solução.
As famílias de trabalhadores rurais da “Tapete Verde” são assistidas pelo advogado Dr. Helder Igor e a equipe do escritório Araújo & Gonçalves Sociedade de Advogados.

Membros da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Estado do Pará (FETRAF), marcaram presença na audiência ao lado de dezenas de famílias da comunidade em uma busca incansável por uma solução para a delicada situação em que se encontram.

De acordo com a FETRAF, essas famílias, que residem na localidade, “trabalham e cultivam seus lotes rurais na região, enfrentam uma constante ameaça de despejo, o que coloca em risco não apenas suas moradias, mas também seus meios de subsistência. Essa audiência representa um passo crucial na longa jornada dessas famílias em busca de segurança e estabilidade em suas terras. Com 25 anos de espera por uma solução, a comunidade demonstra uma resiliência admirável em sua luta por justiça e permanência em suas terras. É importante ressaltar o papel proativo do município de Parauapebas, que tem demonstrado interesse genuíno em mediar e ajudar a resolver esse conflito agrário que perdura por tanto tempo”, diz trecho de uma nota postada nas redes sociais da FETRAF Pará.

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