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Após 7 mortes, Materno Infantil de Marabá instaura sindicância para afastar responsáveis

Mais duas crianças morreram no Hospital Materno Infantil (HMI) de Marabá. Os dois novos óbitos foram confirmados na tarde desta quinta-feira, 23. Agora, já são sete as mortes registrados na casa de saúde neste mês de janeiro, sendo cinco bebês e duas parturientes. Reagindo à crise, a direção do HMI mandou instaurar sindicância para afastar os profissionais responsáveis pelo atendimento de uma das pacientes e alterou seu protocolo de atendimento.

Conforme noticiado o HMI já registrara cinco mortes, nos primeiros 20 dias deste ano.

Mais Dois Casos

Os novos casos foram divulgados, em primeira mão, por Igo Silva, editor do site Cidade Atual. Adrielle Silva Escandeia, de 21 anos, estava com mais de 30 semanas de gravidez e procurou atendimento no HMI, nesta quinta-feira, 23, relatando dores. Segundo uma cunhada da paciente, ouvida pelo jornal Correio, o médico que consultou Adrielle afirmou ter ouvido os batimentos cardíacos do bebê e Adrielle foi mandada de volta para casa.

Ao sentir-se mal novamente, Adrielle retornou ao hospital, no final da manhã, apresentando sangramento e foi encaminhada com urgência para o Centro Obstétrico do HMI, onde foi detectado descolamento da placenta e uma cirurgia foi feita, mas a criança já estava morta.

No outro caso, a mãe estava com mais de 20 semanas de gravidez quando procurou atendimento no HMI, por apresentar sangramento constante. A paciente passou 24 horas no hospital, sendo atendida apenas por uma enfermeira. Na manhã desta quinta-feira, durante a avaliação médica, foi constatada a morte da criança.

Diretoria do HMI abre investigação e afasta equipe envolvida em óbito

Através de sua Assessoria de Comunicação, a direção do HMI se solidarizou com a família de Adrielle Escandeia e anunciou a instauração de sindicância para identificar e afastar os profissionais envolvidos na avaliação e alta da paciente.

Foi determinada a mudança imediata no protocolo de atendimento do HMM. “Nenhuma gestante será reencaminhada ao seu domicílio, sem antes ter sido submetida a avaliação obstétrica com especialista”, afirma a direção do HMI.

Existe a expectativa de que outras medidas sejam tomadas visando resolver uma das mais graves crises já vividas pelo Hospital Materno Infantil de Marabá.

Leia, a seguir, a manifestação do HMI:

A diretoria do Hospital Materno-Infantil e Marabá (HMI) fará instauração de sindicância para apurar as condutas e o afastamento dos profissionais envolvidos na avaliação e alta da paciente Adrielle Silva Escandeia.

A equipe se solidariza com a família da paciente e esclarece que dentre as mudanças emergenciais, nenhuma gestante será reencaminhada ao seu domicílio, sem antes ter sido submetida a avaliação obstétrica com especialista.

Sobre o óbito

A sra. Adrielle Silva Escandeia, 21 anos, na sua sétima gestação, atualmente com 35 semanas de idade gestacional, fazia pré-natal, com última consulta em novembro do ano passado.

Procurou o Hospital Materno-Infantil de Marabá (HMI) no início da manhã de hoje, 23 de janeiro de 2025, com queixas de dor no baixo ventre e movimentos fetais presentes. Foi avaliada na triagem do HMI e liberada, uma vez que não se detectou alterações na vitalidade fetal ou alterações maternas que indicassem internamento neste atendimento.

No final da manhã, retornou ao hospital, pois apresentou em seu domicílio sangramento de grande volume. recebeu novo atendimento, e nesta nova avaliação foram detectada alterações do bem-estar fetal, sendo encaminhada com urgência para o centro obstétrico.

No momento da cesárea foi detectado que o feto estava sem batimentos cardíacos e que a placenta havia descolado do útero, levando ao óbito fetal.

Esclarecimentos foram feitos a família e instituída investigação da cadeia de atendimento que culminou com o óbito.

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