A nova resolução vai garantir auxílios estudantis como auxílios transporte, alimentação, moradia, inclusão digital, para apresentação de trabalho cientifico e as bolsas de incentivo acadêmico e a pessoa com deficiência (PCD)
A Universidade do Estado do Pará (UEPA), durante a 277ª reunião do Conselho Universitário (Consun), realizada nesta quarta-feira, 12, aprovou as alterações nas resoluções que dispõem sobre a assistência estudantil e os critérios de cotas para ingresso à universidade, por meio de processo seletivo.
Clay Chagas, reitor da Uepa, destacou que “a nova resolução vai garantir auxílios estudantis como auxílios transporte, alimentação, moradia, inclusão digital, para apresentação de trabalho cientifico e as bolsas de incentivo acadêmico e a pessoa com deficiência (PCD)”.
A importância dessa resolução, para a universidade e para os nossos alunos, é que nos permite gerar uma segurança interna”, destacou o reitor, afirmando ainda que a medida ampara os estudantes em situação de vulnerabilidade econômica, auxiliando-os a concluir os estudos.
Durante a reunião, foi aprovada a alteração na resolução de cotas da universidade, que conta com as cotas socioeconômicas, cotas étnico-racial-quilombolas e cotas para Pessoas com Deficiência (PcD), além da reserva de vagas adicionais, principal mudança da resolução, para quilombolas, indígenas e PcD, para o ingresso nos cursos de graduação. Essas medidas integram o Programa de Ações Afirmativas da Uepa, um instrumento de inclusão e promoção dos direitos humanos, em respeito à diversidade socioeconômica, étnico-racial-quilombola e da Pessoa com Deficiência (PcD).
Professora Ilma Pastana, que liderou o processo de atualização da resolução, apresentou um breve histórico do processo de implementação de cotas na universidade, desde 2010. Após a implementação das cotas socioeconômicas, a instituição aprimorou seus mecanismos de seleção para, em 2021, implementar as cotas étnico-raciais sob a atual gestão.
“Foi realizada uma grande caminhada nas associações de indígenas, quilombolas e outras instituições para ouvir a sociedade e desenvolver um trabalho importante que contou com a participação da nossa sociedade”, apontou a professora Ilma.
O movimento coletivo foi acompanhado pela professora Scheila Abud e pelo técnico-administrativo Miguel Costa, que participaram das discussões e levantamento da base legal. “Toda a legislação dá suporte e ampara os grupos sociais que devem ser atendidos pela nossa instituição”, ressaltou Scheila que também é Diretora de Assistência e Inclusão da instituição, criada recentemente.
Definido como “um marco histórico” pelo reitor Clay Chagas, a data de hoje marca o comprometimento dos servidores públicos “que criam formas de acesso para quem não conseguia adentrar na universidade e, agora, possam ter suas vidas transformadas pelo ensino superior”.