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Santa Casa alerta para cuidados com a saúde das gestantes durante o Carnaval

Além de realizar o pré-natal adequadamente, a gestante precisa estar atenta a sua alimentação e a outros aspectos da saúde física e mental

Natural de Vigia, cidade com um dos carnavais mais tradicionais do nordeste paraense, e desde criança, a vigiense Juliana nunca perdeu uma folia na cidade. Mas esse ano vai ser diferente. A jovem que está grávida de trinta e duas semanas vai ficar em casa “vendo a banda passar”.

“Eu sou vigiense e amo o carnaval, nunca fiquei de fora. Mas esse ano, por conta da gravidez, não vou pular. É um cuidado para me proteger e também proteger a bebê que estou esperando, pois minha gestação é de risco”, afirma a grávida.

Sendo de risco ou não, a gravidez é um período que exige muitos cuidados. Além de realizar o pré-natal adequadamente, a gestante precisa estar atenta a sua alimentação e a outros aspectos da saúde física e mental. A obstetra Marília Gabriela Luz, coordenadora da maternidade da Santa Casa do Pará, elenca alguns desses cuidados.

“É essencial que a gestante evite aglomerações, porque a imunidade da grávida é um pouco reduzida. Se for viajar, que viaje para um local onde exista assistência obstétrica, e que ela consiga saber o trajeto do local onde ela vai ficar ao local do atendimento, no caso de uma alteração na gravidez. Também é importante lembrar de levar os medicamentos prescritos no pré-natal, manter a alimentação saudável, ingerir muito líquido e seguir as outras orientações de pré-natal, como ficar longe de bebida alcoólica e cigarro”, explica a médica.

Outro cuidado permanente recomendado às gestantes, no Pará e em todo o Brasil, é o uso de repelentes de mosquito. O objetivo desse uso é evitar doenças transmitidas por meio da picada do Aedes aegypti; como a dengue, Chikungunya e Zika, esta última associada a malformações do sistema nervoso central ao nascimento, como a microcefalia e também à síndrome de Guillain-Barré.

“As gestantes precisam saber que elas podem e devem usar repelente e apesar de, aqui no Pará, a gente não estar apresentando um aumento nos casos dessas doenças, estamos em uma área endêmica e é preciso se prevenir, porque essas viroses podem trazer problemas para a mãe e principalmente para o bebê. O Zika, por exemplo, a gente já sabe, que está relacionado à microcefalia e portanto alterações cognitivas”, conclui a Marília Gabriela Luz.

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