“Parauapebas, precisa pensar seriamente em novas matrizes econômicas, pois o minério em Carajás deve exaurir em cinquenta anos”, isto foi o que afirmou ao Prefeito Darci Lermem, o geólogo Breno Augusto dos Santos, ao fazer avaliação sobre o potencial da cidade que a cada visita o surpreende mais.
Descobridor de Carajás.
A conversa entre o geólogo Breno e o Prefeito Darci, aconteceu pouco antes do início da cerimônia de inauguração da Praça dos Pioneiros, e teve como motivo principal o grande desenvolvimento que Parauapebas vem tendo, sendo preocupante o seu futuro depois que terminar o ciclo do minério de ferro que não é perene.
O geólogo Breno Augusto dos Santos, descobriu a reserva de minério de ferro na Serra dos Carajás no início da década de 1980, e tão logo foi iniciado o serviço de extração a previsão de exaustão era de 400 anos. Porém com o avanço tecnológico nas áreas de lavramento de mina e transporte, o tempo vem se tornando mais finito e hoje a previsão não passa de cinquenta anos.
Tão logo foi iniciada a implantação do Projeto Carajás, para extração do minério de ferro, o distrito de Parauapebas, entrou numa fase extraordinária de desenvolvimento, o que provocou sua emancipação como novo município no Estado do Pará.
Com o crescimento cada vez maior no processo de mineração, principalmente depois da privatização, a cidade segui o mesmo ritmo se tornando hoje o quarto maior município do estado, com uma população estimada em mais de 250 mil habitantes.
Tendo vida própria e independente em diversos setores, a renda fornecida pela mineração ainda é o maior peso no processo de arrecadação e circulação de capital no município e região, sendo esse o fator de preocupação futura, quando o minério vier a exaurir totalmente.
O geólogo Breno Augusto dos Santos, faz palestra hoje as 20 horas no Centro Cultural de Parauapebas, e como homem de muitos conhecimentos deve apresentar sugestões no sentido da cidade superar a longo prazo mais este desafio, pois quando o Projeto Carajás foi implantado a ideia da Vale do Rio Doce, era construir um espaço físico para abrigar apenas dez mil pessoas em Parauapebas, e foi ai que surgiu o projeto onde hoje é a cidade nova.
